Uberização e vínculo trabalhista

uma análise da controvérsia jurisprudencial do TST em uma visão marxista

Autores

  • Mariana Camillo de Vasto
  • Prof. Dr. Celso Naoto Kashiura Jr. Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI)

Palavras-chave:

Uberização, Vínculo trabalhista, Tribunal Superior do Trabalho

Resumo

Com o advento das Big Techs e a expansão das plataformas digitais, novas relações de trabalho surgiram. Esse fenômeno pode ser nomeado como a “Uberização do trabalho”, tendo em vista que a Uber é uma das principais empresas a utilizar esse “novo modelo de trabalho”. No entanto, apesar de a Uberização buscar se aproximar de uma natureza civilista, continua possuindo as mesmas características essenciais de uma relação de trabalho no sistema capitalista.  Além disso, ao implantar conceitos como o “empresariamento de si mesmo” no inconsciente da classe proletária, precariza o trabalho de forma ainda mais intensificada. Diante desse novo cenário, o judiciário brasileiro ainda não possui um entendimento unificado acerca da existência de um vínculo de emprego entre os motoristas de plataformas e as empresas responsáveis pelas mesmas. Dessa forma, o presente artigo busca realizar uma análise jurisprudencial acerca da discussão apresentada, tendo como foco principal as problemáticas envolvendo a empresa Uber. Além de realizar um estudo sobre o fenômeno da uberização do trabalho e o distanciamento da legislação trabalhista no âmbito brasileiro, diante de uma perspectiva marxista.

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Referências

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Publicado

25/09/2025

Como Citar

VASTO, M. C. de; KASHIURA JR., C. N. Uberização e vínculo trabalhista: uma análise da controvérsia jurisprudencial do TST em uma visão marxista. Cadernos Jurídicos da Faculdade de Direito de Sorocaba, Sorocaba, v. 5, n. 1, p. 59–68, 2025. Disponível em: https://cadernosjuridicos.fadi.br/cadernosjuridicos/article/view/127. Acesso em: 2 dez. 2025.

Edição

Seção

Iniciação científica