Não se nasce monstro, torna-se

metodologias de controle e submissão à luz da obra Frankenstein de Mary Shelley

Autores

  • Laura Pereira de Bernardi
  • Prof. Dr. Celso Naoto Kashiura Jr. Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI)
  • Prof. Ms. Mônica Miliani Martinez Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI)

Palavras-chave:

Sociedade do controle, Disciplina, Submissão, Segregação

Resumo

O artigo propõe analisar os impactos das metodologias de controle nas sociedades contemporâneas, com foco nas tecnologias algorítmicas, nas instituições de controle e na economia neoliberal. Como referência obra Frankenstein ou O Prometeu Moderno, o principal objetivo é compreender como os mecanismos disciplinares estabelecem comportamentos “normais” e marginalizam os classificados como “anormais”. Com base nas conclusões de Foucault, Dardot e Laval, o estudo examina como as dinâmicas de poder e regulamentação moldam as identidades dos indivíduos, resultando em processos de segregação e exclusão dos sujeitos vistos como “desviantes”.

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Publicado

25/09/2025

Como Citar

BERNARDI, L. P. de; KASHIURA JR., C. N.; MARTINEZ, M. M. Não se nasce monstro, torna-se: metodologias de controle e submissão à luz da obra Frankenstein de Mary Shelley. Cadernos Jurídicos da Faculdade de Direito de Sorocaba, Sorocaba, v. 6, n. 1, p. 37–54, 2025. Disponível em: https://cadernosjuridicos.fadi.br/cadernosjuridicos/article/view/136. Acesso em: 26 out. 2025.

Edição

Seção

Iniciação científica